Acompanhe o Monitoramento dos Raios em Tempo Real

Acompanhe o Monitoramento dos Raios em Tempo Real
clique na Imagem e Acompanhe o Monitoramento dos Raios em Tempo Real

21 maio, 2012

Parar e Pensar: Como chamamos nosso professor

Texto adaptado!

















Um texto postado por um doutor em educação pela USP aponta muito bem as diversas formas de nos dirigirmos ao professor(a), quantas formas podemos chamar um professor?


Maneira antiga era chamar a professora de "tia". Se a escola é continuação da família, a professora é a segunda mãe. Paulo Freire se revoltou: "tia não". Alunos não são parentes. Tia recebe presente, tia a gente não esquece, tia a gente respeita. Tia podia (hoje não pode mais) até dar umas palmadas, porque a mãe apoiava e até incentivava.

É comum entre alunos mais velhos chamar o professor de mestre. Mesmo que não tenha mestrado. A nisso certamente o educador Paulo Freire estaria de acordo, porque o mestre tem respostas, conta parábolas, transmite conteúdos e experiências. Mesmo com doutorado, mestre será sempre mestre. Mestre tem algo de maestro, de harmonizador. Mestres mostram o caminho, merecem homenagem.

No internetês e no diálogo entre estudantes do ensino médio e universitários de hoje, professor é prof. No entanto os processos educacionais afirmam que Prof não tem o ponto de prof., é interrupção abrupta, interrupção ou preguiça, ou então sinal de intimidade. Prof pode chegar ao mínimo, ao prô. Embora ser prô não diminui o professor e valha para professora e professor, possui uma conotação pouco valorosa, uma profissão comum de se alcançar.

Há ainda os que chamam professor de teacher. Mesmo que o aluno não saiba inglês, pede ao teacher alguma explicação. Teacher não é deste país, nem deste mundo. Engraçado alguém se referir ao teacher que ministra aulas de língua portuguesa...

E o professor que se chama professor. Professor porque sabe professar o que conhece. Há quem diga que professor é nome menor. Segundo as correntes pedagógicas o correto mesmo seria chamarmos de educador, porque educador vai mais longe, não está preso entre as quatro paredes da sala de aula.

Existe a forma condenável que é chamar o professor pelo nome de batismo. É o João, o Marcos, a Beatriz, a Inês, cidadãos dedicados à tarefa de ensinar, mas que dispensam seus títulos. Não serão "senhor" ou "senhora". Informalmente serão o que são, pessoas que descobriram sua vocação, mas que por serem chamados pelo nome passa a conotação de que sua função é pouco reconhecida. Professor é professor, pelo menos dentro da sala de aula, e não João, Marcos, Beatriz ou Inês apenas. São estes as nossas referências diárias e é para isso que serve os pronomes de tratamento.

Não tenhamos medo da palavra "vocação". Vocare, no latim, é chamar. Professor é aquele que se sente chamado a dialogar com os alunos. Aluno, por sua vez, procede de outro verbo latino, alere, referente à alimentação. Aluno se alimenta das palavras do professor, de sua capacidade para transformar conhecimento próprio em descobrimento do outro.

Nenhum comentário: