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21 março, 2013

VIVEMOS UMA GERAÇÃO "MIOJO"..TUDO É "FAST", TUDO É RÁPIDO..NEM SEMPRE O PRÁTICO É O CORRETO. FALTA PARA ESTA GERAÇÃO, "REFERÊNCIAS" E "VALORES" .

É COMPARTILHANDO OPINIÕES QUE PODEMOS EXPOR  A CONTRADIÇÃO E  AS CONTRA ARGUMENTAÇÕES DO INSUFICIENTE SISTEMA AVALIATIVO DO ENSINO DO NOSSO PAÍS.

A seguir, trechos da reportagem de Reinaldo Azevedo, colunista da revista VEJA.

VEJA:

[...As barbaridades que vieram a público nas provas de redação são apenas um sintoma. A doença é mais grave do que parece e ficará entre nós por muitos anos, por décadas.]

[...Há dias, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante — aquele cuja tese de doutorado está para o mundo acadêmico como o miojo está para a culinária — anunciou uma grande reforma no currículo do ensino médio. Segundo afirmou, ela vai seguir a divisão de disciplinas no Enem. Essa faixa escolar, hoje moribunda, será condenada à morte. Podem escrever. Vamos com calma, que a coisa é complicada.]

[...O Enem foi criado no governo FHC para ser um instrumento para avaliar o ensino médio e propor, então, medidas de correção de rumos. Transformou-se no maior vestibular do país pelas mãos de Fernando Haddad, sob o aplauso quase unânime e cúmplice, inclusive da imprensa. Pouco se atentava e se atenta para os absurdos lá contidos. A prova de redação, por exemplo, vale 50% da nota final, o que é injustificável sob qualquer critério que se queira. Quando olhamos os itens de avaliação, a indignação precisa se conter para não se transformar em revolta.]

[...Os corretores que atribuíram mil pontos aos alunos que escreveram “enchergar”, “trousse” e “rasoavel” entenderam que eles alcançaram pontuação máxima no quesito 1: “domínio da língua”. Assim, deve-se entender que o MEC do ministro-miojo acaba de incorporar essa ortografia à língua portuguesa.]

[...Entre os estudantes do ensino superior, 38% não dominam habilidades básicas de leitura e escrita, segundo o Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf), divulgado em julho do ano passado pelo Instituto Paulo Montenegro (IPM) e pela ONG Ação Educativa.]

[...
Em 2001-2002, 2% dos alunos universitários tinham apenas rudimentos de escrita e leitura. Em 2010, essa porcentagem havia saltado para 4%. Vale dizer: 254.800 estudantes de terceiro grau no país são quase analfabetos. Espantoso? Em 2001-2002, 24% não eram plenamente alfabetizados. Um número já escandaloso. Em 2010, pularam para 38%. Isso quer dizer que 2.420.600 estudantes do terceiro grau não conseguem ler direito um texto e se expressar com clareza. É o que se espera de um aluno ao concluir o… ensino fundamental!
Estamos em plena revolução. A luta armada será travada sobre a copa das árvores.]
Texto publicado originalmente às 5h42
Por Reinaldo Azevedo    

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